sábado, 4 de setembro de 2010

A procura da 'BATIDA PERFEITA'

A batida do coração... o 'tchoin' da paixão e do amor numa mesma emoção, porém mista...
Por que sempre em busca dum coração pulsando uma batida perfeita? Perfeito pra mim, claro, até porque perfeito é praticamente ideal... não existe... não além das minhas ideias...
Busco tanto isso que as vezes me confundo... me vejo tão cegamente apaixonada por alguém que não é ninguém.. pelo menos não na minha vida, não pra mim... porque depois, quando se esquece tudo, tudo vira NADA, e nada mais importa... e se não importa mas existe e insiste, por mais "homisse" que seja, me incomoda...
Desse jeito acho que confundo eles também... porque as vezes eles são boas pessoas - de carater bom - e o fato de eu admira-los por isso, tudo se confunde... e é ai que tudo vira nada... mas não antes de nada virar tudo... porque o carater, os valores, a inteligencia, e o que vejo antes do estilo e do ser sexy é provavelmente o que vai pesar na escolha de 'continuar apaixonada' ou desencanar de vez... (como se fosse tão fácil fazer quanto escrever)
Eu sempre me apaixono pela pessoa errada. Então que porra de carater e valores estou olhando?? De onde estou tirando essa história?? ... Pra escrever a verdade parece que até a letra muda... a vontade de acompanhar o pensamento é outra, funciona de outra forma: numa, parece que se pesca as palavras como se tentasse censurar o pensamento; noutra, as palavras correm para acompanhar o pensamento, as letras se confundem, se escreve mais pelo som que pelo português correto... Eu gosto desse jeito - LIVRE - parece solto, mais a vontade, mais expressivo... as coisas são loucas demais... gosto como escrevo, mudando a letra... por mais parecido que seja, é diferente! Provavelmente tem a ver com sentimentos, sensações, emoções: IRA, RAIVA, AMOR, ESPERANÇA - essa nossa velha traidora - HUMOR, essas coisas... e claro, essa coisa sobre acompanhar pensamento ou policiar a caneta e o que 'ela' vai escrever...
Peguei um caderno para escrever sobre uma ideia que me ocorreu, comecei a escrever uma outra coisa que me deu vontade, fui escrevendo e me parece que perdeu o sentido... Então por isso, eu acho que a escrita pode ser quase que uma psicografia... Pôô, mais realmente não deixa de ser: psicografia própriamente dita, como a de Chico Xavier; como também pelo sentido da palavra: PSICO - pela parte louca que me toca + GRAFIA - que deve significar escrever ou tem relação, alguma coisa assim... PSICO+GRAFIA: LOUCO ESCREVENDO; ESCRITA DE LOUCO; TEXTO LOUCO... sei lá... louco extrojectando (palavra q ouvi do Beto essa ultima.. nem sei como escreve..)
Aaahh... mas os loucos na verdade são os sensatos, né?! Falamos coisas que parecem tão loucas, fazemos coisas que parecem tão absurdas, e temos atitudes que mencionam de novo nossa loucura... mas penso que a sensatez do louco é o equilíbrio que a humanidade precisa.. Se todo mundo vivesse como o Louco, seria mais feliz, por se sentir mais leve... brigaria menos, viveria mais... se entregaria mais...
Eu me considero meio louca... eu gosto disso, pra mim é como se fosse tudo... pra quem eu sou é o máximo que consigo ir... Eu queria ser mais louca (risos), mas minha mente não deixa... mas só por causa das pessoas... pensando bem, por causa do medo também. Meu medo, o medo deles... meu medo do medo deles... O medo deve ser primo da esperança, ou outro parente qualquer... eles paralisam qualquer pessoa.
Paralisa eu, paralisa eles... uma paralisação - que graças a Deus nem sempre é fatal, pra sempre - que não é boa, como a que parece ser da música sobre o olhar de uma mona lisa... porque você nem vive, nem morre... Tem vontade de viver, mas tem medo; quer morrer e além do medo, não sabe como...
Por exemplo eu. Nem vivo meus amores, falando pra eles o quanto estou apaixonada e desejo me entregar; e também não esqueço de vez e parto pra outra...
Agora eu quero me libertar... eu preciso de uma dose de loucura a mais... é disso que eu falo: preciso ser louca o suficiente para me jogar... "me jogo de cabeça mesmo, vou inteira"... Não, essa não sou eu, não sei como fazer isso - mas quando eu faço eu gosto - por isso não soube dizer isso com verossimilhança (risos)

As vezes parece que o mundo pára... e tudo cala. Tento ouvir meu coração mas não consigo... minha mente FALA DEMAIS, me atrapalha demais, me CONFUNDE demais... ela não cala, e por isso ela me pára.

Engraçado como a loucura do meu texto acabou dando a ele algum sentido... começo, meio e fim... COERÊNCIA.. essa é a palavra.. No meio de toda confusão, as coisas se encaixam, tal qual minha vida. Será esse um outro AUTO-RETRATO??? Se for assim, sempre que eu escrever será um auto-retrato (mas não, nem sempre), porque sempre me retrato naquilo que escrevo... por mais confuso que seja (mostrando minha facilidade em ser complexamente confusa), por mais incoerente que pareça ser, lá estarei eu, ainda que oculta, ainda que em entrelinhas, ainda que eu não saiba...

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